Ritual de Queima das Cartas após a Primeira Lua Cheia de inverno

No primeiro dia após a Lua Cheia de Inverno é o momento em que a energia começa a se recolher para o interior. Tanto o nosso interior, quanto o interior cósmico do nosso planeta. A conexão com o mundo dos espíritos é mais fácil, dormir é mais fácil, e repensar sobre os problemas é mais fácil.

A Lua de inverno trás a mudança poderosa da força da água. Por isso os antigos realizavam esse ritual que descreverei agora, e que também farei daqui a pouco.

No dia seguinte á Décima Lua, a Lua que trás o poder da água á tona, faça a queima das Três  Cartas.


Na primeira Carta divida a escrita em Cinco Partes:

Na primeira parte escreva os seus medos, as suas frustrações de desejo
Na segunda parte escreva as suas raivas, as coisas que ainda não consegue perdoar, o que te amargura, o que tira a sua esperança
Na terceira parte escreva suas mágoas, o que te deixa com ódio, o que te faz querer fazer maldades, e o que não permite que você se ame inteiramente e não consiga amar

Na quarta parte escreva o que te estagna na vida, as suas indecisões, e as coisas das quais tem dificuldade em se desapegar e que já deveria ter deixado irem
Na última parte escreva sobre o excesso de rigidez com as coisas que você gostaria que mudassem, sobre as coisas que te deixam triste, e sobre as o excesso de pressão que você e o mundo têm feito sobre você.

E sim, as cartas podem ser coloridas, e ter desenhos!


Na segunda carta escreva sobre as coisas que gostaria de potencializar em sua vida (lembrando que quem pedir dinheiro deve estar disposto a ou mudar de trabalho ou trabalhar mais, pois a energia vai precisar modificar a forma de entrada dessa energia). Se não tiver nada a pedir, apenas agradeça.

Na terceira Carta, escreva enviando presentes para os ancestrais e pessoas que já morreram, podem ser desenhos, escritas, blusas de frio, dinheiro, coisas que eles gostavam, coisas que podem ajudá-los em suas jornadas espirituais, desde palavras de sabedoria até escrever sobre bens materiais. 

Na verdade, os nossos ancestrais permanecem vivos em nós, e quando fazemos esse tipo de menção, na verdade, estamos falando de nós mesmos, e ajudando partes nossas a se realizarem. Cuidar dos espíritos ancestrais é essencial para nos desenvolvermos e romper os padrões dos momentos em que eles falharam ao tentar se realizar, e também agradecer por permitirem que nós nascêssemos como seus descendentes e pudéssemos aprender com a sua linhagem. Lembrar dos ancestrais e aprender sobre e com eles é uma forma profunda de aprender sobre si mesmo.

Após escrever as três cartas, faça o seguinte ritual com cada uma delas:

Junte as mãos em prece junto ao centro do coração no meio do peito e tente ouvir o pulsar do seu coração, até que as mãos se aqueçam, depois desça com as mãos juntas até a região da virilha (apontado os dedos para baixo), esfregue as mãos na altura da virilha, e traga depois para a altura do coração (com os dedos apontados para cima) e esfregue-as também.

Aponte o centro das mãos para a sua primeira carta, e preencha-a de energia, depois repita o rito e faça o mesmo para a segunda, e para a terceira.



Queime as cartas separadamente, enterrando as cinzas em três buracos separados, não enterre as três cinzas juntas, podem estar em buracos próximos, mas não juntas. É importante cobrir BEM os buracos também.

Esse ritual só pode ser feito até o pôr do Sol do primeiro dia após a primeira Lua Cheia de inverno.

E também é muito importante manter os pedidos em segredo.

Que as bênçãos do Tao iluminem a todos.

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Abração.

Tai Yin - Carlos G.