Uma é da harmonia e da saúde.
Outra é das doenças, mal estares, das reencarnações em formas de insetos e de outros estados e que conduz a morte.
Normalmente no ocidente nós buscamos a saúde e nos esquecemos de que as doenças também são parte da trilha ao longo da vida, e muitas vezes as doenças ensinam mais que a saúde: elas são fundamentais para limpar o corpo, as emoções e as limitações da consciência.
Muitas vezes no caminho espiritual limpamos estas limitações com diarreia (que podem durar de 7 a 10 dias mas sem cheiro), vômitos, crises emocionais absurdas, dores no corpo, febre, coceira, espinhas entre muitos outros quadros.
Sendo assim, o que devemos cuidar não é de nunca adoecer, isto não é natural. O que deve ser cuidado é de não permanecermos nas limitações destes sintomas nunca sarando, ou estando sempre doentes. Há de se ter cuidado com a busca da "saúde perfeita" onde nunca se adoece, nunca se baixa a guarda. Onde não se pode adoecer-se, também não se pode curar-se.
Entretanto, onde há muitos mal estares, também há uma desarmonia que não está se alinhando, isto mostra que os princípios naturais do Céu estão desalinhados dentro do corpo, nestes casos, é necessário regular aquilo que está fora do ciclo.
As terapias Fangshi (povo de kunlun) são baseadas em regular o fluxo de sangue no corpo, dissolver os bloqueios emocionais, no sistema nervoso, nos músculos, órgãos, vísceras, órgãos sexuais e desordem energéticas. Desta forma buscamos não a saúde plena de nunca adoecer, mas a harmonia que faz as vezes chover ou trovejar, que evoca terremotos e maremotos, e tantos outros fatores de ajuste que também surgem no nosso corpo.Conforme vamos seguindo o caminho natural cada vez estes ajustes se tornam mais brandos e podemos assim contemplar a harmonia do tecido infinito das muitas existências.
Monge Tai Yin Yi - Boas festas
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